POR MIM, EU PARAVA O TEMPO

Por mim, eu parava o tempo
Abria minhas asas sem destino
Saia desse desalinho
Seria poesia noutro lugar
Onde pudesse voar
Sem olhar para trás...

Lá fora pousasse
Em alguma estrela ao acaso
Descansasse minhas aflições
De um poema triste
Do lado de fora...

Partisse para um sonho feliz
De versos e rimas
Onde a distância a tristeza
Não tocasse minha alma
E eu soubesse que era feliz
Num voo de alegria
Onde à revelia a poesia
Me marcasse de felicidade...

Que essa realidade que sinto
Fosse engano da minha alma
A chorar minha dor...

Por mim, eu parava o tempo
Pousava dentro de um abraço
Num carinho de almas tocadas entre si
Querendo apenas uma troca de amor
Esquecido de nós nos desatinos da vida
Quando o fardo fica pesado
Sobre nossas asas...

Por mim, eu parava o tempo
E lá onde a liberdade alcança
Pousasse no horizonte
Perto de Deus
Forte, com a cabeça no lugar
Livre e não mais triste
Porque sofro, como qualquer um...

Por mim eu parava o tempo
Num dia qualquer, que não fosse hoje
Forte, para continuar
Livre, desse lugar
Deixando minhas asas me levar...

Regilene Rodrigues Neves – Em 09/02/2018




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